Livrai-me da má querência
Bem querência mal querida
Felicidade enrustida
De saber sem sapiência
Livrai-me dessa decência
Que torna tudo indecente
Ser ser – humano, ser gente
Serpentes racionais
De venenos raciais
Fere princípio, a mente
Livrai-me da educação
Que pode me deixar mudo
Sem poder falar de tudo
Que penso de coração
Livrai-me dessa canção
De letras infectadas
Sem idéias, descartadas
Corrompendo as culturas
Criadas por criaturas
Estultas e sem noção
Livrai-me do abatimento
De tornar-me ultrapassado
De tudo por mim criado
Cair no esquecimento
Livrai-me do julgamento
Desses falsos julgadores
Que são todos detentores
Da mais pura hipocrisia
De toda esta fantasia
Que faz de todos senhores
Livrai-me da falsidade
Que domina este mundo
Pois este é um mal profundo
Que corrompe a humanidade
Livrai-me da liberdade
Que nos torna prisioneiros
E que nossos cativeiros
É todo esse sistema
Onde o principal esquema
É nos tornar forasteiros.
Junior Fernandes
Junior Fernandes
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